sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O TEMPO



A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SIMPLES ASSIM

SIMPLES ASSIM, SEM RIMAS: um diálogo poético sem regras.


- Diga à Débora uma coisa bonita

Uma coisa bonita para o dia 9 de agosto

Uma coisa para que ela sinta-se bem.

O Conselho:

-Mas que direi?

-Buscai nos livros, eles dirão coisas belas

Coisas por definição como:

“Débora, espécie de abelha ou,

Mulher que profetizou que Israel seria vencedora.”

Esforce-se e tente dizer algo que soe bem aos ouvidos dela!

-Bom,

Direi a ela que também sou dono de um coração errante

Que se lembre de que os anos passam

E que se lembre que ela vive, apesar de tudo...

E que ainda existem homens bons.

- De que espere por aqueles “ 20 min” que tudo mudam

Mas que se lembre que de 20min em 20min se faz anos

Ou uma vida inteira.

E se nada disso bastar,

Roubarei para ela as palavras de um poeta de verdade:

“Honra a tuas duas mãos que voam preparando

os brancos resultados do canto e a cozinha,

salve! a inteireza de teus pés corredores,

viva! a bailarina que baila com a escova.”


M.L.H 07/08/11